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terça-feira, outubro 10, 2006
Guilty
Is it a sin? Is it a crime?
Loving you dear like I do
If it is a crime then I'm guilty,
guilty of loving you.
Maybe I'm wrong, dreaming of you
Dreaming the lonely night through
If it is a crime then
I'm guilty, guilty of dreaming of you
What can I do? What can I say?
I've taken the blame
You say you're through, you'll go your way.
But I'll always wait for you just to say
Maybe I'm right, Maybe I'm wrong,
Loving you dear like I do.
If it's a crime then I'm guilty,
If it's a crime then I'm guilty, guilty of loving
you
Russ Columbo
Is it a sin? Is it a crime?
Loving you dear like I do
If it is a crime then I'm guilty,
guilty of loving you.
Maybe I'm wrong, dreaming of you
Dreaming the lonely night through
If it is a crime then
I'm guilty, guilty of dreaming of you
What can I do? What can I say?
I've taken the blame
You say you're through, you'll go your way.
But I'll always wait for you just to say
Maybe I'm right, Maybe I'm wrong,
Loving you dear like I do.
If it's a crime then I'm guilty,
If it's a crime then I'm guilty, guilty of loving
you
Russ Columbo
segunda-feira, outubro 09, 2006
Conto (quase) religioso
Era uma vez uma mulher de nome Maria,
que todos vieram a conhecer por
nossa senhora; senhora de todos nós.
Reza a estória que teve um filho sem pai;
filho de um senhor, talvez um dos Espírito Santo, contava ela.
Maria segurou-o em seus braços enquanto pôde;
cuidou de o educar e proteger dos olhares mais tortos.
O puto cresceu, deu-lhe uma fezada
e foi pregar para outra freguesia;
diz-se que conheceu um tipo chamado João
e acabou no espeta.
Maria, continuou a ser nossa senhora;
senhora de todos nós.
António Morgado
Era uma vez uma mulher de nome Maria,
que todos vieram a conhecer por
nossa senhora; senhora de todos nós.
Reza a estória que teve um filho sem pai;
filho de um senhor, talvez um dos Espírito Santo, contava ela.
Maria segurou-o em seus braços enquanto pôde;
cuidou de o educar e proteger dos olhares mais tortos.
O puto cresceu, deu-lhe uma fezada
e foi pregar para outra freguesia;
diz-se que conheceu um tipo chamado João
e acabou no espeta.
Maria, continuou a ser nossa senhora;
senhora de todos nós.
António Morgado
Ainda o dia dorme em sono de menino;
Ingénuo, terno, frágil;
Já calhaus tropeçam sobre botas arrastadas e gastas.
Homens como extensões de enxadas penteando encostas,
Mulheres com cabeças feitas de cestas serpenteando os trilhos.
Mais abaixo, muito mais; sobre um lençol mais esticado;
A planície perde-se de vista.
Troca-se o granito por torrões de terra.
Homens cortados na cintura pelas espigas,
Mulheres mergulhando incessantemente aqui e ali.
O vento sopra sobre os campos
E faz soar uma onda que beija suavemente a areia;
Sente-se os dedos a escorrer da cama.
Acordai!
Não matem os meus pastores, os lavradores, pescadores,
Não ignorem os Homens de cara queimada,
Não lhes roubem a sua grande riqueza; o seu sorriso sincero.
António Morgado
Ingénuo, terno, frágil;
Já calhaus tropeçam sobre botas arrastadas e gastas.
Homens como extensões de enxadas penteando encostas,
Mulheres com cabeças feitas de cestas serpenteando os trilhos.
Mais abaixo, muito mais; sobre um lençol mais esticado;
A planície perde-se de vista.
Troca-se o granito por torrões de terra.
Homens cortados na cintura pelas espigas,
Mulheres mergulhando incessantemente aqui e ali.
O vento sopra sobre os campos
E faz soar uma onda que beija suavemente a areia;
Sente-se os dedos a escorrer da cama.
Acordai!
Não matem os meus pastores, os lavradores, pescadores,
Não ignorem os Homens de cara queimada,
Não lhes roubem a sua grande riqueza; o seu sorriso sincero.
António Morgado